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30/04/2008

NO QUEM SABE, SABE DE ONTEM...

LINKS CORRIGIDOS!!
Perguntamos para os nossos visitantes quem é esse cara: Pois bem, eis que eu vos digo que o cidadão aí acima assina a arte final do desenho abaixo:
Isso mesmo, é impressionante, esse cara é nada mais, nada menos que o famosíssimo Scott Williams, que faz a arte final nos desenhos do Jim Lee.
O Scott é uma incógnita, so fosse comparar com alguém no Brasil, só tem paralelos com um tal de Lombardi, que faz a narração no programa do Sílvio Santos, nós sabemos que ele está lá mas não sabemos quem de fato é ele.
Há alguns dias atrás comecei a me perguntar quem era esse cara, fiquei curioso, será que era um senhor de idade, ou era um cara tipo o Scott Campbel, daí comecei a pesquisar no Google, e vinha um monte de Scott Williams nas imagens, -mas qual deles é o verdadeiro se nem sei como é o cara? E pra ser franco nunca vi foto dele em lugar algum, quer seja em Wizard (que fala sobre quadrinhos e desenhistas), quer seja nas revistas da Panini.
Passei dias pesquisando (nas primeiras buscas não tive sucesso), quando retomei as pesquisas meses depois, foi que consegui encontrar, clique aqui (o último artista da lista daquele evento) e veja você mesmo.
Para não dizer que não existe absolutamente nada sobre o Scott, a revista Amazing Heroes número 192 publicou uma entrevista com o Jim Lee(aqui no Brasil foi publicada pela até então Abril Jovem na edição X-Men Anual número 2 de 1995). O entrevistador observa o fato do Jim Lee ter tido uma experiência muito boa com os arte-finalistas, ao que ele responde:
"-Se existe alguma vantagem em ser um dos "Favoritos dos Fãs" é que a gente pode escolher algumas das melhores pessoas do ramo para trabalhar. Eu requisitei o Scott Williams porque ele realmente acrescenta vida e vitalidade ao meu trabalho. Meu material pode ser meio chapadão e sem vitalidade às vezes. Scott também é muito consciencioso. Sempre quer arte-finalizar a revista inteira se puder, até dedica noites extras para terminar o trabalho. Além do mais, fica junto comigo no estúdio, onde posso vigiá-lo."
Bom, é isso, desvendamos mais um segredo do universo artístico/quadrinístico. Espero que tenham gostado. Agora se você quer saber mais da vida do Jim Lee bem como se inteirar do que ele e o Scott estão fazendo hoje, vai no site: popbaloes.com, lá você tem um material ótimo escrito por M.R.C. Junior que faz também uma abordagem bom concisa do trabalho dos dois. Se você quiser baixar as imagens dessa postagem que na minha opinião são um show de arte e um passo-a-passo de colorização digital é só clicar aqui.

29/04/2008

QUEM SABE, SABE!!!

Oooopaaa, bom dia pessoal, hoje temos aqui uma proposta diferente, quero ver se você sabe das coisas. Você saberia me dizer quem é esse cara aí abaixo?

- Pista nº 1: Se você gosta de ler revista em quadrinhos, então você certamente já leu material trabalhado por esse cidadão;

- Pista nº 2: O cara é considerado um dos melhores naquilo que faz;

- Pista nº 3: Já trabalhou pra Marvel e hoje trabalha pra DC;

- Pista nº 4: Está auxiliando de perto o desenhista;

Bom, agora não digo mais nada se não entrego a resposta, conversa com o pessoal aí perto de você, verifica no orkut com quem sabe (alguém aí deve saber), ou consulta o oráculo (- Você vai ter que entrar na fila por que o Neo e o Morpheu já estão esperando, entretanto ela sabe da resposta) e posta nos comentários o seu palpite, amanhã (se Deus quiser!) eu digo quem é esse cara.

28/04/2008

A IMPORTÂNCIA DO TODO EM RELAÇÃO ÀS PARTES

A “cruz” ou ponto onde a linha do cenho cruza a linha central da face, é o ponto chave na construção de toda a cabeça. Ela determina a posição do plano facial na bola, ou no ângulo desde o qual vemos o rosto. É fácil determiná-la no modelo ou cópia. Continuando a linha acima e abaixo estabelecemos os dois lados da face e a cabeça. Continuado a linha do cenho ao redor da cabeça situaremos as orelhas.Loomis afirma que começar desenhando cabeça pelas partes (olhos, orelhas, boca e nariz) não é a maneira certa de iniciar um desenho, veja com o que ele compara:




Seria como desenhar um carro começando pelo volante. Em nenhum desenho a parte pode ser mais importante que o todo, e o todo é sempre o conjunto proporcionado das partes. Sempre é possível subdividir o todo em suas partes, em vez de deixar que as partes se ajustem por si sozinhas a suas verdadeiras proporções. Por exemplo, é mais fácil saber que a frente é um terço do rosto, e qual é sua posição no crânio, que construir o crânio a partir da face.




Talvez nosso costume de considerar a cabeça como pertencendo a um indivíduo determinado nos impede a julgar em sentido mecânico. Quem sabe se não nos ocorre que o sorriso é tanto a ação de um princípio mecânico como a manifestação de uma personalidade radiante. Na realidade o mecanismo de um sorriso é idêntico ao do cordão com que se faz correr uma cortina, uma ponta do cordão está atada a algo fixo e a outra à tela. Ao puxar o cordão recolhe-se a tela.




A bochecha atua do mesmo modo. A ação da mandíbula assemelha-se à de uma bisagra (Desenhistas Autodidatas também é cultura) ou grúa, mas a bisagra é do tipo de articulacão esférica. Os olhos rodam nas órbitas como esferas em um rolamento fixo. As pálpebras e lábios são como fendas numa bola de borracha, que estão naturalmente fechadas exceto quando se abrem. Toda expressão ordenada pelo cérebro se baseia em princípios mecânico. Embaixo do rosto existem músculos capazes de expansão e contração, semelhantes a todos os demais músculos do corpo. Depois estudaremos este interessante tema mais detalhadamente. Iniciaremos o desenho de cabeça estabelecendo pontos na bola e no plano facial. Tanto a bola como o plano facial devem subdividir-se para fixar estes pontos.




Por mais que você desenhe, por maior que seja a sua perícia, por penetrantes que seja seus olhos, ao começar você terá que construir a cabeça corretamente, como o carpintero, por mais prático que seja, sempre mede uma tabela antes de cortar. A construção do rosto e da cabeça depende do estabelecimento dos pontos de referência. Qualquer outro sistema baseia-se em meras conjecturas, o qual é sempre arriscado (ouçam o homem!). Uma vez que você tenha entendido isso, inúmeros erros serão evitados.




O ponto de vista mais importante da cabeça desde o qual se constrói o rosto é aquele imediatamente acima da ponte do nariz, entre as sobrancelhas. Este ponto permanece sempre fixo e está indicado pela linha vertical do nariz e a perpendicular na altura da sobrancelha. Na bola é a união do “equador” com o “primeiro meridiano”, as duas linhas que cortam vertical e horizontalmente a bola nas metades.




Todas as medidas nascem neste ponto. A igual distância entre este ponto e o cume da cabeça temos a linha do cabelo, e portanto a medida exata da testa (de certa forma não ficou muito claro no texto de onde foi tirado essa medida para estabelecer a altura da testa, entretanto de acordo com a figura mostrada abaixo podemos verificar que essa medição pode ser feito até intuitivamente tomando como base na altura da “bola” como ele chama).





(Viva Andrew Loomis!!)
continua... (aguardo comentários!)





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1 comentários:
Bluesunday disse...
Sou iniciante em desenho...nem sequer tenho traço direito...só desejo. Nunca consegui desenhar rostos, a não ser aqueles absurdamente próprios...e sem perspectivas!Adoro desnehar barcos, águas, objetos afundando...mesmo com meus traços toscos...Bem, mas isso não interessa. Adorei seu blog, estou lendo ele todinho. Muito legal essa atitude de compartilhar lições.Parabéns,Beijos e sucesso,M.
29 de Abril de 2008 07:44





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Muitíssimo obrigado pelo teu comentário Bluesunday, fico feliz que esteja nos acompanhando (espero que esteja entendendo e/ou aproveitando o conteúdo disponibilizado). Da nossa parte é muuuito bom está compartilhando informações que são vitais para o desenvolvimento artísticos dos desenhistas de língua portuguesa (visto que quase 100% do conteúdo para desenhistas está em outro idioma).





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25/04/2008

A HORA E A VEZ DAS MULHERES

LINKS CORRIGIDOS!!
REVISTA ILUSTRAR 4 - Fonte: http://www.revistailustrar.com/
clique na imagem para iniciar o download
"Por que será que comparando com os homens vemos tão poucas ilustradoras no mercado? Comecei a prestar atenção mais nisso, e a partir desse ponto surgiu a idéia de uma edição especial da Revista Ilustrar dedicada somente às ilustradoras" (Editorial da revista por Ricardo Antunes). Veja a continuação desse editorial e muuuuita coisa bacana nessa revista de tirar o chapéu. Não acredita? então dá uma olhada nesse tutorial que a Cris de Lara (Colorista de estórias em quadrinhos) desenvolveu para essa edição:

Quer ver mais? -Então você encontra aqui: Revista Ilustrar nº 3, Revista Ilustrar nº 1 e 2. (Aqui você não perde nada!!)

TRANSFORMERS

Filme batido, no entanto um de meus favoritos...

22/04/2008

ESTRUTURA BÁSICA

(Andrew Loomins continua...)Posso te dar outra sugestão? Seja qual for o seu motivo, não fique impaciente. A impaciência é, talvez, o maior obstáculo que se opõe à autêntica habilidade de fazer as coisas. Conseguir realizar uma obra é como superar obstáculos, o primeiro dos quais é geralmente a falta de conhecimento a respeito do que queremos fazer. Ocorre o mesmo em todas as nossas tentativas e em todas as áreas do conhecimento. A destreza é o resultado de repetidos ensaios, aplicando nossa habilidade e pondo à prova nossos conhecimentos à medida que obtemo-los. Acostumemos-nos a eliminar nossos esforços malsucedido e a recomeçar nossa tarefa. Consideramos os obstáculos como algo inerente a qualquer tentativa; Se tivermos isso em mente os obstáculos não nos parecerão insuperávies ou impossíveis de serem vencidos. O sucesso se consegue com o esforço pessoal agregado ao conhecimento adquirido e consequentemente aplicando a este esforço (como em um sistema cíclico).
CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESENHO DA CABEÇA (INICIALMENTE DE HOMENS)
Para conseguir um bom desenho da cabeça, em primeiro lugar o artista não tem que prestar atenção às qualidades emocionais do modelo, ele deve sim desenvolver um ponto de vista objetivo.
Consideremos sempre o crânio como a principal estrutura e as demais partes se fixam a ele como peças. As principais ferramentas nesse momento são a anatomia e a construção, aparentemente chatas, entretanto quando considerada sua utilidade se tornam importatíssimas para o artista.
É evidente, pois, que devemos começar com uma forma básica que mais se aproxime com um crânio. Ao observar o crânio nós o vemos semelhante a uma bola (veja bem, não é uma circunferência é uma bola -Ele compara assim por que a bola é tridimensional!) veja figura abaixo:
Achatada nos lados e mais larga atrás do que na frente:
Os ossos do rosto, incluindo as órbitas, o nariz, os maxilares inferior e superior, estão todos "colados" à frente desta bola. Comecemos construindo a bola e o plano facial para que operem como um todo que se inclina e gira em qualquer direção (vide figura acima). É mais importante construir a cabeça inteira ao invés de construir somente a parte visível. Naturalmente só é possível ver a metade da cabeça. Entretanto a metade que não podemos ver é tão importante quanto a visível. Observe as figuras e vocês constatarão que tratei a bola como se a metade inferior fosse transparente para evidenciar assim sua construção inteira (Como ele falou antes e evidenciou agora a importância de se enxergar as coisas tridimensionalmente, a partir daí o desenho flui). Procedendo dessa forma é possível visualizar o conjunto de modo que a zona invisível pode ser pefeitamente imaginada, como uma duplicata do que vemos. Um antigo professor meu costumava dizer: “Deves ser capaz de desenhar a orelha invisível”, o qual naquela época me surpreendia muito. Depois compreendi o que ele queria dizer. Não se desenha uma cabeça enquanto não se percebe o lado invisível, sem a qual seria impossível desenhar a cabeça corretamente. Ao contrário de muitos que começam por um olho ou o nariz, deixando de lado o crânio e a localização dos pormenores nele.

21/04/2008

CONHECE-TE A TI MESMO

(Observem o quanto Andrew Loomis é criterioso) -Antes de dar início ao desenho da cabeça humana precuremos estabelecer primeiro nossos objetivos comuns. Quem sabe você desenha por mero passatempo. Ou talvez você é um aluno que estuda em uma escola de desenho. Ou quem sabe você é jovem professor que acaba de graduar-se, e está procurando melhorar seu trabalho para ganhar mais dinheiro, ou será provável que você tenha estudado arte no passado e agora dispõe de tempo e vontade para voltar a desenhar. É possível também que você tenha conseguido um emprego no campo da arte comercial, onde a concorrência é grande, e você procura algo que possa te afirmar em sua nova posição e consequentemente te fazer progredir. Seja qual for a situação em que você se encontra atualmente, este livro (Drawing The Head And Hands - 1956) te ajudará a conquistar um conhecimento prático da técnica do desenho da cabeça humana, tanto para o principiante quanto para os artistas mais avançados nesses desagradáveis momentos em que o desenho da cabeça que você está fazendo se nega a fazer justiça ao que de fato é um bom desenho. Entenda que cada motivo básico é consequência de um grande esforço. Pergunte-se sinceramente: “Por que desejo desenhar cabeças e as desenhar bem?” É para satisfazer uma ambição pessoal? Você está interessado o bastante que para isso sacrificaria outras coisas para dispor assim de tempo para aprender? Você espera tirar proveito algum dia desse esforço e fazer dele um meio de ganhar a vida? Você gostaria de fazer retratos, desenhos de cabeças de mulheres para revistas, ilustrações para estórias em quadrinhos, ou desenho de publicidade? Ou será que deseja melhorar o seu desenho de cabeça para vender suas obras? É o desenho uma forma de relaxamente que te ajuda a se livrar das tensões nervosas, das preocupações e dos problemas? Procure tranquila e conscieciosamente estes motivos fundamentais, porque se for bastante poderoso, ele te dará forças suficientes para sobrepor ao desencorajamento, ao desengano, a as desilusões e até ao possível fracasso (nossa!!).
Vamos fazer uma parada por aqui e vou pedir para você fazer um exercício mental hoje mesmo!! procure no seu íntimo a sua real intenção, o seu propósito e onde você quer chegar com isso, e se for o caso "anote", é importante para quando vier os impercílios e dificuldades. Ah e coloque o dia e a hora que você anotou, é importante para posteridade (filhos e netos).

20/04/2008

APRENDA A DESENHAR RETRATOS

O vídeo que será postado hoje vem contribuir muuuuuito para reforçar o que o Andrew Loomis explicou no post anterior (sobre a circunferência), nem preciso dizer que foi a maior dificuldade encontrar um vídeo que concordasse com o que ele disse, não quero dizer com isso que todos estão errados, o que eu queria de fato era um desenhista que realmente aplicasse na prática o que temos estudado aqui.
Acrescento que a postagem DE VOLTA AO BANCO DA ESCOLA foi trabalhosa de desenvolver e ficou meio extensa, até o momento não houve nenhum comentário tipo: "ah Renato nós aqui entendemos tudinho!!" ou "Vixe cara que negócio complicado, eu não entendi absolutamente nada", então quero crêr que todo mundo entendeu tudo (prevalece a lei que diz: "quem cala consente"). As próximas postagens complementarão ela e certamente deixarão esclarecidas qualquer dúvidas.
O Loomis é bem detalhista em suas explicações e essa é uma de suas vantagens em relação aos seus contemporâneos (e talvez seja por isso que suas técnicas são largamente utilizadas hoje nas mais diversas áreas onde o desenho da figura humana é ensinado). Continuaremos trazendo seus textos na íntegra e espero que isso não incomode e nem canse os nossos leitores. Obrigado a todos pela paciência e pela audiência (aguardo comentários!). AO VÍDEO!!

17/04/2008

DE VOLTA AO BANCO DA ESCOLA (O BÁSICO)

fonte: imagens google

Todo artista já dever ter tido uma experiência de ter desenhado alguém e um amigo ou parente tenha identificado a pessoa que você retratou (ou não!). Uma estratégia simples que facilita os objetivos do artista consiste em considerar que o crânio adquire sua forma básica quando é pressionado pelas laterais, como se apertasse uma bola de borracha sem mudar seu volume real.
Ainda que os crânios possuem grande variedade de formas, suas medidas reais coincidem quase sempre, pois o volume é semelhante e só difere nas variações dos pormenores. Suponhamos que ao ser modelado o crânio de argila assume sua forma básica quando apertamos o seu volume entre duas tábuas. Assim com o mesmo volume é construído uma cabeça estreita, outra larga, mandíbula prominente e qualquer outro tipo (Como na figura da postagem BIODIVERSIDADES).
Não é nossa tarefa saber por que as cabeças são assim; Só devemos analisar e determinar o tipo de crânio da cabeça que nos propomos a desenhar. Depois, quando vocês estiverem familiarizados com a construção do crânio, será possível mostrar essas variações com tanto sucesso que todos vocês conseguirão um desenho convincente com qualquer tipo de cabeça.
fonte: Andrew Loomis - Drawing The Head And Hands (1956)
Consequentemente conseguirão desenhar qualquer tipo que que lhe for pedido. Quando entenderem como se distribui os músculos sobre os ossos do rosto, poderão variar a expressão da mesma cabeça. Acrescento que a posição do crânio é fixa e, exceto a mandíbula, imóvel, e que os músculos são móveis e sempre mudam, afetando a fisionomia, e determinando as emoções e a idade.
Quando o crânio atinge sua plena maturidade já não muda mais, e forma a estrutura básica para as diferentes aparências dos músculos. Portanto, o crânio constitui a base do esboço, e todos os demais pormenores se constroem sobre ele. Do crânio obtemos os espaços para as feições, cuja importância é maior para o artista que os pormenores do rosto. Os pormenores (tipo: sobrancelhas, olhos, nariz e boca) devem ocupar seu próprio lugar em nossa construção.
Se assim procedermos teremos poucos problemas ao desenhar. Do contrário, desenhar os pormenores sem tê-los situado com precisão é uma tarefa exasperante. Os olhos se apresentam de uma maneira estranha; A boca se contorce em vez de sorrir; A feição fica confusa com tendência a aparentar expressões fantásticas ou diabólicas (Vixe!! –E o pior que isso é verdade). Ao tentar corrigir um rosto mau desenhado, é muito provável que você fique mais confuso ainda. Em vez de corrigir um olho, retocamos uma bochecha; Se a linha do queixo está mau desenhada ao corrigirmos provavelmente o tornaremos demasiado proeminente. Você deve ter em mente que ao fazer os primeiro esboços a cabeça inteira está em contrução.
Estou seguro que mais adiante tais dinâmicas serão apreendidas. A diferença que há entre o trabalho do aficcionado e o do artista experiente é que o primeiro começa desenhando os olhos, orelhas, nariz e boca num espaço branco rodeado por uma sorte de contorno. Isto é desenhar em duas dimensões, altura e largura. Entretanto devemos enxergar tudo em três dimensões, o que significa dizer que você deverá desenhar a cabeça assim como ela se apresenta no espaço e construir as feições sobre ela. Fazendo assim, não só situamos os pormenores com precisão, como também estabelecemos os planos de luz e sombra, ademais, identificamos as protuberâncias e rugas causados pela estrutura subjacente dos músculos, ossos e gorduras.
Para ajudar o principiante no estudo da terceira dimensão, muitos mestres sugerem diferentes didáticas. Alguns usam a forma oval; outros um cubo ou bloco. Outros começam com os pormenores e constroem a figura ao seu redor até completar a cabeça. No entanto, todos esses sistemas podem conduzir ao erro.
A cabeça se parece com um ovo só vista de frente, e isto nos dá a linha da mandíbula. A cabeça de perfil não parece um ovo. E quanto ao cubo, não há maneira exata de colocar a cabeça dentro dele. Quando vista de qualquer ângulo a cabeça é muito diferente do cubo. Todavia a única serventia do cubo no desenho da cabeça é quando precisamos de guias básicos para entender os feitos da perspectiva, (como mais tarde será explicado!). Seria mais lógico começar com uma forma que basicamente se parecesse com o crânio; Algo fácil de desenhar e exato para facilitar a construção.
Isto se consegue desenhando uma esfera que é mais parecida com o crânio, redonda mas achatada nas laterais, e lhe acrescentando a mandíbula e os pormenores. Faz alguns anos que essa idéia me ocorreu, e fiz dela a base de meu primeiro livro, Fun With a Pencil (1939). E para minha felicidade o método foi recebido com grande entusiasmo e agora ele é utilizado extensivamente nas escolas e pelos artistas profissionais. Qualquer método de estudo direto e eficiente tem de pressupor o crânio, suas partes e seus pontos de divisão. Logo é mais acertado começar o desenho de uma circunferência com um quadrado, ao iniciar o desenho da cabeça com um cubo. Eliminado as arestas e depois retocando o quadrado você obterão eventualmente uma círculo aceitável.
Vocês podem também retocar igualmente o cubo até conseguir uma cabeça. Mas na melhor das hipóteses isso é pura perca de tempo. Por que não começar logo com um círculo ou uma esfera? Se não consegue desenhar um círculo, use uma moeda ou compasso. O escultor começa com um modelo da forma geral do rosto colocando uma bola no crânio. Não poderia o fazer de outra maneira.
Apresento aqui essa metodologia como um estudo desevolvido e testado já faz algum tempo, portanto, exato. Qualquer outro método de estudo exato requer meios mecânicos, tais como o aparelho de projecção, o cálculo, o pantógrafo ou o emprego de uma ampliação com esquadro. Importa saber se na realidade é interessante desenvolver sua capacidade no desenho de cabeça ou se você se contentaria com meros empregos de meios mecânicos para realizá-lo. Se o último for o seu caso, então pare de ler essa postagem, ela não servirá para seus propósitos. Entretanto se o seu trabalho demanda de um desenho exato, e você teme correr riscos, procure desenhar a melhor cabeça com os meios que tiver ao seu alcance (Estas são palavras do Andrew Loomis). Não obstante, se você procura no seu trabalho a alegria e a emoção do sucesso, vou insistir que procure trabalhar no sentido de melhorar suas habilidade.
Nos desenhos acima e abaixo você pode ver as possibilidades de desenvolvimento de qualquer classe de tipo segundo as variedades de crânios. Após ter aprendido a técnica da esfera e do plano, você conseguirá fazer o mesmo com extrema facilidade, colocando cada parte nos seus respectivos termos através das divisões feitas na linha que está no meio do rosto, dispondo mandíbula, orelhas, bocas, nariz e olhos, sejam elas pequenas ou grandes. As maçãs do rosto podem ser altas ou baixas, o lábio superior longo ou curto, as bochechas cheias ou afundadas. Mediante as diferentes combinações destes elementos vocês conseguirão uma variedade quase infinita de características. Tais aspectos se constituem em um experiência muito divertida.
fonte: Andrew Loomis - Drawing The Head And Hands (1956)

15/04/2008

BIODIVERSIDADES

Loomis acrescenta que é preciso conceder uma atenção mais que casual para os intermináveis detalhes no rostos que cruzam em nosso quotidiano. Deixando de lado as fase psicológicas e emocionais da expressão, podemos decidir em simples palavras as razões básicas e técnicas do sorriso, de um rosto sério e todas as variações que denominamos expressões faciais. Interpretamos que uma pessoa pareça culpada, envergonhada, assustada, contente, furiosa, relaxada, confiante, frustrada e de várias formas. Uns poucos músculos fixados nos ossos cranianos determinam o mecanismo de cada expressão e o estudo dos músculos e dos ossos não é difícil e nem complicado (Estamos no rumo certo!). Na ilustração acima verificamos a precisão nas palavaras de Andrew Loomis na arte de Miguelanxo Prado, esse artista consegue ilustrar de forma soberba as expressões fisionômicas (mesmo que seja em persongens quase deformados), bem como uma variedade impressionante de características em seus desenhos. É o contrário do Jim Lee. (Quer confirmar? -Nós disponibilizamos na nossa comunidade no Orkut um material desse artista para download (além de outros que estão lá esperando por vocês, é ver pra crer!!).
Um outro elemento que contribui para a variedade de tipos é a diferença que existe nas formas do crânio. Há cabeças redondas, quadradas, mandíbula retraída ou proeminente; Cabeças alargadas ou estreitas. Outras com a cabeça mais alongada outros mais achatados. Uns tem o rosto côncavo outros convexos. Ainda há aqueles que tem o nariz ou o queixo proeminente ou achatados. Nooossa e as variações não param por aí, há tipos que tem os olhos grandes, ou pequenos, separados ou juntos, e ainda existem orelhas de toooodos os tamanhos, e rostos finos, “volumosos”, ossudos ou desprovidos aparentemente de ossos. Há bocas finas, grossas, com lábios delgados, salientes e igual variedades os narizes de todas as formas e tamanhos. Multiplicando essas características distintas temos milhares de combinações para rostos (combine isso também com as diferentes expressões fisionômicas e então...)

14/04/2008

CONSIDERAÇÕES INICIAIS DE ANDREW LOOMIS PARA O LEITOR

Quão afortunada é a humanidade que as fisionomias do homem, da mulher e da criança tenham características individuais e identificáveis! Se todos os rostos fossem idênticos como os rótulos de uma marca de extrato de tomate, viveríamos em um mundo muito confuso.
Se refletirmos, a vida é um contínuo fluxo de experiências e contato com pessoas distintas. Agora suponhamos momentaneamente que o Jones o vendedor de ovos seja cópia exata do Smith o banqueiro, suponha que todos os rostos nos jornais, televisão ou internet tivessem um só modelo feminino ou masculino (E isso me lembra muito os desenhos do Jim Lee – todo mundo tem uma “cara” só pra modelos femininos e masculinos, mudando só o tamanho do personagem ou a indumentária)...
Pense nisso, continua Loomis, como a vida seria uma chatice! Portanto agradeceis pelos vossos rostos que bonitos ou feios todavia são “exclusivamente” vossos. Estudar a individualidade dos rostos é sempre muito interessante, especialmente para pessoas que se interessam pelo desenho. Ao compreender as razões que em que se baseiam as diferenças nossos estudos se tornam envolventes. Não só a natureza nos identifica através de nossos rostos, mas também revela ao mundo muito através de nós. Nossos pensamentos, emoções e atitudes, até a classe de vida que levamos, estão registrados em nosso semblante. O movimento dos músculos define as nossas emoções.
Dizemos desde o princípio que um desenho acertado de uma cabeça não é resultado de uma “penetração espiritual”, ou da leitura da mente. Se deve sobretudo a correta interpretação da forma em suas proporções, perspectiva e iluminação.

12/04/2008

MÚSCULOS DA CABEÇA (CONTINUAÇÃO)

LINKS CORRIGIDOS!!
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
São dois: o temporal e o masseter. Observe esses músculos na ilustração abaixo. Preste muita atenção à localização de cada um, parece cansativo, mas o fato é que o sucesso ou o fracasso do seu desenho depende de saber reconhecer essas partes. A seguir estudaremos proporções e o desenho da cabeça segundo Andrew Loomis.
(clique na imagem para ampliar)

09/04/2008

FILMES CLÁSSICOS DOS HERÓIS MARVEL

Noooossa, assistir esses vídeos é como uma viagem no tempo, tá tudo em inglês, mas nós conhecemos a história mesmo, então dá no mesmo...

05/04/2008

MURAL DE AVISOS

LINKS CORRIGIDOS!!
DESAFIO DESENHISTAS Tem muita gente pensando que o DESAFIO DESENHISTAS já terminou, pessoal as inscrições estão abertas e terminam no dia 30 de abril, então ainda tem tempo pra fazer a incrição e o desenho. Os desenhos serão incluídos de acordo com a ordem de chegada. (Estamos aguardando a sua incrição)
Alguns questionam por que somente desenhos manuais - Bom! nós ainda não desenvolvemos nehum tópico explicando sobre desenhos ou colorização feitos por computador, então não achamos justo cobrar tal coisa. E não é somente isso, a nossa intenção quando pedimos que todos os desenhos fossem manuais é nivelar o desafio. (Alguns poderiam achar que estariam em desvantagem por não estar utilizando recursos tecnológicos). Quanto às ferramentas manuais, nós incluímos muitos vídeos que são verdadeiras aulas para se fazer desenhos manuais (veja os mestres desenhando na postagem "
PARE!! VEJA!!!", também incluímos muito material explicativo, para quem está nos acompanhando diariamente está obtendo muitos subisídios para desenvolver ótimos desenhos.
Por que digitalizar o desenho? -É simples, para agilizar o processo.
As regras estão implícitas no desafio, elas por si só já eliminam muita gente (Estamos vendo muita gente desistindo somente por causa das regras, isso nos deixa contentes, vemos que realmente elaboramos um "desafio de fato" em que somente os melhores vêem a possibilidade de superá-lo. Se houverem somente dois inscritos, então a disputa acontecerá entre os dois. Se houver somente 1 inscrito, esse já ganhou o livro (Nesse caso, iremos esperar até o final de abril, se isso acontecer -Que cara de sorte!!) ORKUT

A comunidade está crescendo, hoje já somos 44, lá existem mais downloads de material para baixar, não perca tempo, vai lá participar e interagir com a galera!!

ACESSOS
No mês de março superamos a casa dos 10.000 acessos, e estamos trabalhando duro para crescer mais ainda. Aos visitantes muitíssimo obrigado. Acreditamos que saber é poder, e só com o conhecimento embasados em uma fundamentação sólida é que poderemos ter uma nação mais forte e preparada, apesar das muitas futilidades que são ofertadas hoje pelas diversas mídias, esperamos que aqui você possa encontrar as informações necessárias para seu crescimento pessoal, artístico e intelectual.

NOVA PESQUISA
Tem uma pesquisa nova rolando no site, ela é provisória por que as votações para escolha dos melhores desenhos acontecerão neste espaço (Assim que os primeiros 20 desenhos chegarem no e-mail do desafio). Aproveita a pesquisa para informar em que estágio você está em relação ao "DESAFIO DESENHISTAS".

03/04/2008

PRINCIPAIS MÚSCULOS DO ROSTO

LINKS CORRIGIDOS!!
Tomaremos como ponto de partida deste estudo dois desenhos feitos pelo Renato, o primeiro a cabeça vista de perfil, o segundo a cabeça vista de frente. Os esboços foram meticulosamente elaborados com o fim de atender uma demanda cada vez maior de artistas que querem aprender e reconhercer os músculos de uma forma geral. Após as demonstrações dos desenhos, desenvolveremos os tópicos trazendo os desenhos do Andrew Loomis, nós consideramos entre todos os autores pesquisados o mais didático nas explanações dos assuntos (no ponto em que estamos: o desenho da cabeça humana). Na nossa opinião Andrew Loomis é muito superior quando comparado com autores como Burne Hogarth, George Brigdman entre outros. No tocante aos artista atuais parece que todos beberam da mesma fonte (Andrew Loomis). Quanto aos materiais Publicados no Brasil, entre os principais destacamos a Editora Escala, no que tange a anatomia são péssimos e muito superficiais, as ilustrações das revistas não fazem valer o dinheiro investido, mas enfim, mãos á obra...

PARA O ALTO E AVANTE!!
Os músculos da cabeça , particularmente os que pertencem ao rosto, são divididos em dois grupos:
Músculos Mímicos ou da Expressão
Do ponto de vista morfológico (ou seja da forma ou do aspecto externo) são os músculos mais significativos do rosto humano, pois do movimento deles dependem as modificações da expressão em resposta a variados estímulos psíquicos. Alguns autores recomendam que se memorize o nome de cada músculo, sobretudo localizando no seu próprio rosto ou no rosto dos outros. Concordamos com este ponto de vista. Entretanto Andrew Loomis despreza este aspecto, segundo ele o que importa é saber o que alguns músculos fazem e como se comportam em diferentes situações, (Loomis:1956).
(clique na imagem para ampliar)
continua...